Agência Estado
Ministro Paulo Bernardo; celular vai virar uma "carteira eletrônica"
Bancos e operadoras de telefonia devem oferecer, a partir do próximo ano, a possibilidade de pagamentos e transferência de dinheiro por meio de celulares.

O governo finaliza a proposta para definir regras que garantam o uso da ferramenta, inclusive por pessoas que não têm acesso ao sistema financeiro. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que a ideia é transformar o celular em uma "carteira eletrônica".
"As pessoas poderão comprar créditos e usá-los, não apenas para fazer ligações, mas também para pagar outras despesas", afirmou. O ministro comparou as transações com o envio de mensagens de texto do usuário para um banco ou operadora de celular, que vão transferir créditos entre clientes.
O Banco Central vai definir um limite para essas operações, que pode mudar de acordo com a avaliação da instituição. Também vai acompanhar essas operações, como já faz com as demais do sistema bancário, para evitar fraudes. Bancos e operadoras poderão fechar acordo com outras empresas, como lojas de varejo e seguradoras, para oferecer mais serviços.
UNIVERSO
253 milhões
de celulares estão
habilitados hoje no Brasil, 
país com 193 milhões de 
habitantes
Não será permitido que operadoras de telefonia façam empréstimos a clientes. Além disso, uma nova regra vai garantir que o dinheiro do cliente não ficará com a operadora de telefonia, como acontece hoje com os depósitos bancários, para evitar perdas no caso de quebra.
Segundo o ministro, há várias tecnologias sendo testadas. O que o governo quer é uma solução que permita a comunicação entre todos os usuários. A regulamentação deve sair por meio de medida provisória (MP) que vai definir, de forma mais ampla, sistema de pagamentos, entre eles, aqueles feitos por telefones móveis. A partir da MP, o BC terá 180 dias para fixar as regras.
"Temos notícias de várias operadoras de telefonia, de vários bancos, que querem fazer associações, lançar produtos, querem colocar na praça uma série de modelos de pagamentos. Mas por não existir um marco legal, há uma insegurança por parte dos investidores", disse o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes.

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