Poucos sabem, mas a história entre Brasil e Argentina não é somente de rivalidade, muitos menos de amizade. Os maiores países do Atlântico Sul têm uma história que mescla uma rivalidade econômica, militar e de influências e outra de amizades onde o Brasil e Argentina se unem para o bem comum.
Vale ressaltar que a Argentina foi uma das responsáveis por o Brasil não ser hoje membro permanente das Nações Unidas. O Brasil e outros países que pretendiam ser membros permanentes fizeram uma coalisão, só que Argentina e outros países também criaram outra coalisão oposta para fazer frente e barrar a entrada do Brasil e outros países.

RIVALIDADE

Descoberta do Brasil
A rivalidade com a Argentina começa em 1500, assim que Portugal descobre o Brasil, criando assim o Tratado de Tordesilhas onde se dividia o “novo mundo” em duas partes, uma da Espanha e outra de Portugal outorgada pelo Papa.
Ambos os países quebram o acordo, Portugal começa o avanço para o interior do Brasil, onde as terras segundo o acordo deveriam ser espanholas, ao momento que ao sul onde as terras pertenciam a Portugal são ocupadas por espanhóis. Outros países entraram na disputa das novas terras criando novos acordos posteriores.

Fundação da Colônia do Sacramento
Ainda em pleno reinado de Dom Pedro II, o governador do Rio de Janeiro, D. Manoel Lobo recebeu ordens para fundar uma colônia fortificada que servisse de apoio logístico ao comércio com as províncias colonizadas pelos castelhanos. Em sua expedição levou soldados, camponeses, comerciantes, agricultores. Em 22 de Janeiro as forças portuguesas iniciam o estabelecimento da Colônia do Santíssimo Sacramento, fronteira com Buenos Aires na margem oposta.
Finalmente, em 7 de Agosto, a fortaleza foi tomada, aprisionado D. Manuel Lobo que veio a morrer no cativeiro em Buenos Aires. A coroa espanhola assumiu o controlo do entreposto até que o Tratado de Lisboa, firmado em 1681, devolveu Sacramento a Portugal.

Guerra da Cisplatina
Anos a frente, as Províncias Unidas do Rio da Prata se unem para tomar posse da Colônia do Santíssimo Sacramento, dado o impasse em terra (Montevidéu e Colônia do Sacramento, as duas maiores cidades do Uruguai permaneceram sob o controle do Brasil durante todo o conflito), o bloqueio naval brasileiro (que impunha consequências econômicas severas às Províncias Unidas), os altos custos para os beligerantes da continuação da guerra, a pressão britânica para que um acordo fosse firmado, além da precariedade militar e política dos países em conflito, a paz começou a ser negociada, com a mediação da França e da Grã-Bretanha.
Desse modo, o Império do Brasil e a República das Províncias Unidas do Rio da Prata, pela Convenção Preliminar de Paz, assinada no Rio de Janeiro, renunciaram às suas conquistas e reconheceram como Estado independente a Província Oriental, que passou a se chamar República Oriental do Uruguai.
A perda da Província Cisplatina foi um motivo adicional para o crescimento da insatisfação popular com o governo de D. Pedro I. Na realidade, a guerra era impopular desde o início, pois para muitos brasileiros representava aumento de impostos para o financiamento de mais um conflito.
Itaipu
Na época, a Argentina não aceitava a obra de Itaipu, porque queria construir uma usina com o Paraguai, também no rio Paraná. Mas até hoje não executou a almejada Usina de Corpus. Segundo a professora Ivone, após começar a construção de Itaipu, os argentinos questionaram os níveis da barragem e do rio Paraná, que, segundo eles, prejudicaria a construção de Corpus.
Segundo um general argentino, se Itaipu ceder os 40 km³ de água, ela iria descer até Buenos Aires e apagariam tudo do mapa.

AMIZADE

 Guerra das Malvinas
Assim que ocorreu a invasão das Ilhas Malvinas  o Reino Unido enviou tropas para o atlântico sul e a França recusou a ensinar e liberar as senhas dos mísseis exocet (de última geração que poderia afundar os barcos ingleses, recém comprados pela Argentina).
Documentos secretos atuais afirma que o Brasil cedeu escalas no aeroporto de Recife para que armamento russo vindos da Líbia chegasse à Argentina.

Guerra do Paraguai
 A guerra teve início em novembro de 1864, quando um navio brasileiro foi aprisionado pelos paraguaios no rio Paraguai.
- Em dezembro de 1864, o Paraguai invadiu o Mato Grosso.
- No começo de 1865, as tropas paraguaias invadiram Corrientes (Argentina) e logo em seguida o Rio Grande do Sul.
- Em 1 de maio de 1865, Brasil, Argentina e Uruguai selam um acordo para enfrentar o Paraguai. Contam com a ajuda da Inglaterra.
- Em 11 de junho de 1865 ocorreu um dos principais enfrentamentos da guerra, a Batalha de Riachuelo. A vitória brasileira neste enfrentamento naval foi determinante para a derrota do Paraguai.
- Em abril de 1866 ocorreu a invasão do Paraguai.
- Em 1869, sob a liderança de Duque de Caxias, os militares brasileiros chegam a Assunção.
- A guerra terminou em 1870 com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.

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