Hoje o mundo é dinâmico, integrado e traçado pela globalização. O processo de globalização transformou países e capitais em todas as partes do planeta. Além de facilitar o transporte (de pessoas, mercadorias, riquezas e informações), a comunicação e o crescimento. Esse processo de modernização também tem que prosseguir aos campos.

O campo brasileiro é responsável por prover a alimentação de milhões de pessoas mas em pleno século XXI milhares de crianças devem buscar outras cidades caso queiram estudar em séries mais avançadas. O campo representa cerca de 13% dos matriculados de todo o país, ou seja, 6 milhões e 600 mil de crianças e jovens que estudam em 75,7 mil escolas rurais. Todo esse contingente é maior que toda população do Paraguai.

Um estudo divulgado recentemente revela que 508 escolas rurais não têm infraestrutura fazendo com que muitos alunos abandonem os estudos. Nessas escolas não há água filtrada para garantir pelo menos a saúde. O estudo foi divulgado em setembro deste ano. De acordo com os dados, as escolas sem infraestrutura representam 0,7% do total de escolas públicas que somavam 75,7 mil em 2012.

Mesmo provendo a alimentação do mundo inteiro a Zona Rural Brasileira também sofre com a fome. Últimas pesquisas divulgadas mostram que a fome não está somente nas regiões periféricas das grandes metrópoles ela está aparecendo na Zona Rural. Principalmente nos assentamentos, quilombos e agricultores familiares.

O que está tentando mudar a situação vivenciada no campo e melhorar a renda dos agricultores familiares são programas. Alguns deles são: O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a Previdência Rural e os programas desenvolvidos nos assentamentos.

A globalização nos campos brasileiros

Enquanto outros países investem pesado em tecnologia nos campos, os países em desenvolvimento ficam cada vez mais dependentes de tecnologia estrangeira. Se o Brasil, o celeiro do mundo, investisse nos campos muitos problemas seriam solucionados com o advento da internet na vida rural.

Hoje a internet é a principal ferramenta para o mundo inteiro. Não se enxerga desenvolvimento sem a internet. As vidas humanas se atrelaram a comunicação rápida. Se os campos recebessem o sinal de internet, o êxodo rural em busca de novas oportunidades seria reduzido. Hoje existem várias graduações semipresenciais e online com certificação. A internet além de formar pessoas poderia ser usada para realizar o reforço escolar reduzindo a dependência de professores particulares.

Com o acesso ao mundo, através da transmissão de dados, doenças poderiam ser combatidas através do conhecimento. Milhares de pessoas poderiam prevenir diversas doenças. Consequentemente através do conhecimento a pessoa que mora no campo conheceria seus direitos como cidadãos. Nas eleições de 2014 a internet foi decisiva para a vitória de grande parte dos candidatos. Praticamente todos os candidatos estavam nas redes.

O trabalhador do campo também tem que ter acesso a essas ferramentas online de debates para escolher melhor o candidato que representa o campo. Aquele que possui propostas para o desenvolvimento da Zona Rural. Como praticamente todos os sindicatos possuem páginas na internet o internauta poderia conhecer os cursos oferecidos pela entidade, se capacitar com videoaulas online e saber informações e estatísticas sobre o setor rural. Iniciativas como essa poderia economizar tempo e dinheiro.

Iniciativas de sucesso

A Escola Municipal Projeto Paranã em Formosa/Goiás promove o ensino fundamental, médio e possui o programa “mais educação” que garante atividades em tempo integral. Localizada a 56 quilômetros de Formosa, a escola superou muitas dificuldades e se destacou por ser uma de poucas que conseguem levar a comunidade para dentro da escola. A escola funciona como uma subprefeitura na Zona Rural. As dificuldades são constantes mas a equipe pedagógica busca sempre parceiros e inovações para levar melhorias para a sala de aula. Nas férias de 2013 a escola foi pintada pelos pais de alunos. Por meio de doações, foi feita uma reforma dentro da escola no período das férias, com direito a reparos além da troca de portas e janelas.

Talvez um dos maiores patrimônios da Escola Municipal seja a Horta que possui a extensão de 1 hectare. Ela é composta por produtos orgânicos, que é um alimento sadio, limpo, cultivado sem agrotóxicos e sem fertilizantes químicos. A UnB, Comissão da ONU para Alimentação e Agricultura, Ministério da Educação e 5 países visitaram a horta. A horta também recebeu várias equipes de reportagem e Seminários Internacionais.

Os projetos da escola são os mais variados, como a manutenção da horta, ciclismo (com proteção individual), esportes, teatro, e o reforço escolar que é composto pelo letramento e aulas de matemática. Não é só a escola que recebe diversos prêmios, os alunos também são colecionadores de diversas medalhas municipais e estaduais.

O programa Rota Verde criado na Escola é um sucesso. O projeto idealizado pela Janaína Isomura intitulado “Rota Verde” nasceu da participação da Escola Municipal Projeto Paranã no programa de Formação Agrinho (Programa social e ambiental desenvolvido pelo Sistema FAEG/SENAR – GO que trabalha com as escolas da rede pública) e hoje constrói sacolinhas sustentáveis. A ideia da professora de geografia foi desenvolver um site com foco no turismo sustentável regional. Para ser divulgado no site como parceiro a empresa deve adquirir sacolas sustentáveis. “Sacola divulga site, site divulga cliente”, expôs Janaína que ficou surpreendida pelo sucesso de vendas que alcançou.

O Custo Brasil muitas vezes dificultou o desenvolvimento tecnológico, mas, ele tende a ser superado. Diversos entes dos poderes no Brasil estão percebendo da nova realidade e o potencial que a globalização pode levar ao campo. Esse novo passo da Zona Rural tende levar a pequena fazenda aos olhos do planeta todo. Está sendo planejado em todo país o acesso à internet. Assentamentos e outras populações em breve terão acesso à rede mundial de computadores.

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