A Saneago realizou na manhã desta terça-feira (5), na Câmara Municipal, com o Ministério Público, Prefeitura de Formosa, Câmara Municipal e Governo de Goiás reunião para discutir o Cenário da Estiagem em 2016: Escassez hídrica no Córrego Bandeirinha.

A reunião iniciou com os dados da Saneago. Existem 35.273 ligações de água, 11 poços e captação de água no Córrego Bandeirinha. A empresa já adotou a reversão de bacia e um 2º ponto de captação no córrego, o que garantiu o abastecimento no ano passado. A estação de tratamento de água também reforça o abastecimento.

As soluções pela empresa também foram divulgadas. O gerente Betinho revelou que a Saneago intensificou o monitoramento do uso da Bacia do Córrego Bandeirinha; Iniciou a instalação de um reservatório no Parque Serrano, uma das regiões mais altas da cidade e onde mais se sente a falta de água, porque é onde mais se demora para chegar a água; O estudo de instalação de um reservatório na Formosinha, por ser um bairro alto demora reestabelecer a água; Reversão de bacia; Locação de três poços tubulares profundos; Contratação de caminhões pipas em caso de necessidade; Intensificação no combate aos vazamentos; Combate às irregularidades e anormalidades; entre outras medidas.

O prefeito Itamar Barreto determinou ao secretário de Governo um estudo para o Projeto de Lei que será enviado à Câmara Municipal “Vamos enviar para aprimoramento e aprovação, um Projeto de Lei proibindo o uso de água potável para lavar calçadas e asfalto. No meu caminho de casa até aqui vi várias donas de casa lavando o asfalto. A crise hídrica é muito grande na região várias nascentes secaram”, destaca o chefe do executivo local. Itamar também sugeriu a criação da Agefis – Agência de Fiscalização do município para coibir o desperdício de água.

A promotora do Ministério Público de Goiás, Caroline, da Promotoria do Meio Ambiente, argumentou sua posição sobre o Projeto de Lei “Eu fiz uma pesquisa sobre os Projetos de Lei, sobre os períodos de seca e de calamidade por falta de água, são bem mais gravosos que está aqui em proposição. Acho que temos que pensar que todos têm que se conscientizar”, diz. “As regras desse período vão ser essas. Não vejo direito individual sendo desrespeitado”, revela. “O interesse público é muito maior do que aquela pessoa que está gastando água desnecessariamente”, pontua. “Essa lei de agora é uma lei específica para um caso específico por falta de água. Não é uma lei que vai abranger toda questão de manancial”, complementa.

O Projeto de Lei que será enviado pelo executivo para apreciação da Câmara Municipal busca proibir o uso de água potável para lavar calçadas e asfalto, sob pena de advertência, caso se repita poderá ser aplicada multa. A medida busca reforçar a economia de água para não faltar água no período de escassez. A vazão do córrego Bandeirinha está baixa devido à falta de chuvas. A média de chuvas para o período está abaixo do esperado. Segundo dados da Saneago, 2015 foi o ano com menor registro de chuvas desde que o Instituto Meteorológico de Goiás começou a captar os dados.

Projetos de Lei que multa quem desperdiça água já foram discutidos em vários municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e inclusive em Goiás na cidade de Aparecida de Goiânia.

Na foto: Vice-prefeita Argentina Martins, promotora Caroline, prefeito Itamar Barreto, secretário de Meio Ambiente, Luiz Antônio Laner e o presidente da Câmara Municipal, Mundim
Gerente da Saneago, Betinho, apresenta medidas para conter a escassez
Prefeito Itamar Barreto, na reunião para conter a escassez de água no período de estiagem
Prefeito Itamar Barreto na Reunião que discutiu propostas para conter a escassez de água
População participa de Reunião entre Saneago e entidades
Promotora Caroline, da Promotoria de Meio Ambiente

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