Conforme o Ministério da Saúde, a capital brasileira apresenta uma taxa de 7,9% de nascimentos, comparada à média nacional de 12,3%; neste ano, aproximadamente 1.700 jovens com idades entre 10 e 19 anos deram à luz no Distrito Federal.

Entre janeiro e setembro deste ano, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) contabilizou 1.643 partos de adolescentes com 15 a 19 anos, além de 42 partos de meninas de 10 a 14 anos. Em 2024, o total foi de 2.352 partos entre jovens de 15 a 19 anos; em relação às meninas de 10 a 14 anos, foram registrados 88 partos.

Os dados demonstram, segundo o Ministério da Saúde (MS), que a taxa de gestações na adolescência no DF é a mais baixa do país. No ano de 2022, a capital registrou uma porcentagem de 7,9% de nascimentos de mães adolescentes, em contraste com a média brasileira de 12,3%.

Para alertar sobre esta situação e sensibilizar sobre as consequências de uma gravidez precoce na vida de jovens mães e suas famílias, além dos efeitos disso no desenvolvimento das crianças e no sistema de saúde em geral, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) realiza a Semana Latino-Americana de Prevenção da Gravidez na Adolescência.

Viviane Albuquerque, responsável pela área técnica de Saúde da Mulher na Atenção Primária à Saúde (APS) da SES-DF, destaca que os dados do DF são semelhantes aos encontrados em países europeus, mas sublinha que as Regiões de Saúde mostram realidades distintas e, frequentemente, contrastantes entre si.

Sistema distrital de saúde
Na rede de atenção do Distrito Federal, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) funcionam como o principal ponto de entrada para atendimentos ginecológicos, obstétricos e neonatais. As atividades destinadas à prevenção da gravidez na adolescência são, em sua maior parte, realizadas através do Programa Saúde na Escola (PSE), que é uma colaboração entre a SES-DF e a Secretaria de Educação (SEE-DF).

Nas UBSs, a população tem acesso a orientações sobre saúde sexual e reprodutiva, além de uma variedade de métodos contraceptivos oferecidos gratuitamente, como preservativos masculinos e femininos, pílulas anticoncepcionais orais e injetáveis, bem como o dispositivo intrauterino (DIU), um dos métodos contraceptivos mais confiáveis. Adolescentes podem buscar atendimento nessas unidades a partir dos 12 anos, sem a necessidade de estar acompanhados por um responsável.

Jovens estão se protegendo menos
Uma pesquisa recente da OMS, divulgada em 2024 e realizada com adolescentes de vários países europeus, revelou que os jovens estão diminuindo o uso de preservativos. Entre os anos de 2014 e 2022, a porcentagem de adolescentes do sexo masculino que utilizaram preservativos em suas relações sexuais caiu de 70% para 61%; no caso das garotas, o índice reduziu de 63% para 57%.

Como uma iniciativa para incentivar o uso de preservativos, o Ministério da Saúde começou a distribuição gratuita de dois novos tipos de camisinha: as versões texturizada e fina. Esses produtos já estão disponíveis nas unidades da SES-DF. A retirada é sem custo e não requer apresentação de documentos de identificação, tampouco possui limitações quanto à quantidade.

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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