A sessão ordinária desta terça-feira (16) foi bem agitada. O auditório da Câmara Municipal de Formosa ficou lotado de moradores e grevistas.

A maior discussão da noite foi sobre a greve dos servidores municipais que já dura mais de 30 dias. De um lado os servidores que buscam reajustes e outros direitos e de outro o executivo que alega não ter recursos para realizar o reajuste salarial.

O movimento paredista promete retornar à Câmara Municipal, nesta quarta-feira (17). “O movimento grevista voltará a acompanhar a sessão na Câmara Municipal de Formosa para saber quais as posturas serão adotadas pelos vereadores quanto à denúncia protocolada na Casa de Leis. A concentração começa às 18h, na Praça da Prefeitura. Contamos com a presença de todos”, revela a convite do sindicato.

Em informe lançado nesta manhã o sindicato lamenta “O SINPREFOR informa que, desde o início da greve, tem tentado negociar com a Prefeitura em defesa dos direitos dos trabalhadores e que o significado da palavra negociação não é acatar a primeira ideia da Prefeitura de que não há verbas, mas discutir saídas e fazer com que ela efetivamente reconheça os direitos e os pague aos funcionários.

Outro ponto que tem ficado bem claro é que o SINPREFOR não defende a Prefeitura. O sindicato foi criado pelos funcionários para que ele defenda os funcionários. Caso contrário perde a sua lógica de existência.

Como não temos recursos para pagar por mais de meia hora de espaço em programa radiofônico e muito menos temos abertura para falar o que queremos, nos limitamos aos poucos espaços que temos para voltar a afirmar que, com liminar ou sem liminar, o movimento continua e quem decide o retorno para as atividades são os trabalhadores em Assembleia, não o radialista e nem muito menos algum secretário. ”

No final do mês de janeiro, a Prefeitura lançou uma nota à população sobre a greve. Leia.

Reuniram na manhã do dia 25 de janeiro de 2016, na sala da Secretaria de Finanças, o secretário de Administração, Marcelo Magalhaes; a vice-prefeita e ex-secretária de Educação Argentina Martins e o secretário de Finanças Vertinho de Oliveira, juntamente com representantes dos professores, funcionários administrativos, sindicato dos servidores públicos de Formosa, sindicato dos servidores públicos de Valparaíso, sindicato dos servidores públicos da Cidade Ocidental, sindicato dos servidores públicos de Planaltina de Goiás e representante da cidade de Posse, todos devidamente autorizados pelo sindicato dos servidores de Formosa, para discussão das reivindicações dos professores de Formosa.

A reunião iniciou com a apresentação dos presentes, uma vez que alguns não fazem parte do quadro de pessoal da Prefeitura e nem do sindicato local. Foi apresentada toda a movimentação financeira da Prefeitura de Formosa e dados principais através de gráficos para facilitar o entendimento de todos.

Foi demonstrado a queda na arrecadação de 2014 para 2015 em torno de 7.500.000,00, demonstrando ainda a evolução da arrecadação que está abaixo da evolução das despesas da Prefeitura. Mesmo cortando despesas diversas ainda encontra em situação de atraso com fornecedores e dívidas contraídas nos anos anteriores a atual administração, foi demonstrando ainda o déficit do Fundeb que hoje está em torno de R$ 300.000,00 em relação às transferências e o pagamento dos professores.

Estranhamente a maioria da discussão foi com os representantes do sindicato dos funcionários da cidade de Valparaíso em seguida o mesmo apresentou informações quanto aos dados do Fundeb da sua cidade e a evolução da receita do Fundeb de Formosa, sem demonstrar a evolução das despesas do fundo local, em seguida houve várias interferências dos representantes dos professores, sindicato de Formosa, sindicato das cidades de Cidade Ocidental, Planaltina e Posse.

No final, o secretário de Finanças, propôs a formação de uma comissão para levantamento das pendências informadas pelo sindicato de Valparaíso, composta pelos representantes das cidades vizinhas presentes, dos professores presentes, do sindicato local, da secretaria de Educação, Recursos Humanos e secretaria de Finanças para apuração de possíveis pagamentos de professores fora de sala de aula, bem como para uma melhor avaliação do reajuste dos servidores, proposta esta que não foi aceita pelos participantes da reunião, liderado mais uma vez pelo representante do sindicato do Valparaíso.

A Prefeitura de Formosa, deixou bem claro que reconhece o baixo salário de todos os servidores, reconhece também que a greve e um direito legítimo de reivindicações, mas que toda ação deverá ser feita com responsabilidade e transparência, pois com a queda na arrecadação nos momentos de crise que atravessa o Brasil, a Prefeitura de Formosa, tem conseguido até agora quitar as folhas de pagamento impreterivelmente até o encerramento de cada mês, quitando o 13 salário e o mês de dezembro, sempre antes do Natal, ainda assim o município mesmo sem recursos e com a maioria destinado a pagamento de folha e previdência, ainda tem que atender em torno de 110.000 habitantes que não são funcionários da Prefeitura, prestando a todos o serviço mínimo de limpeza pública, iluminação pública, construção e reforma de asfaltos, que por sinal aumentam muito no período de chuvas, problemas esses que ocorrem a mais de 50 anos em tempos de chuvas, além de manter o Hospital e Postos de Saúde em funcionamento, aplicação de contrapartida junto aos convênios no Governo Federal e Estadual, além de vários serviços exigidos a cada dia pelo cidadão que não e funcionário da Prefeitura. 

O prefeito Itamar Barreto, tem feito todos os esforços para que seja atendido tanto o funcionalismo como a população em geral mesmo em tempos de crise o município de Formosa. Tem superado as dificuldades com recursos próprios, diferente de algumas cidades vizinhas que estão com folhas de pagamento em atraso e sem conceder o reajuste reivindicado pelos representantes da CUT. "

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