No contexto da campanha nacional do Julho Amarelo, o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), vinculado ao Governo de Goiás, tem intensificado suas iniciativas de conscientização acerca da prevenção, identificação e combate às hepatites virais. Essas infecções atuam no fígado e podem se desenvolver silenciosamente, resultando em complicações graves como cirrose e câncer hepático.

Informações da Secretaria da Saúde (SES-GO) indicam que, entre janeiro e junho de 2025, Goiás reportou 397 casos de hepatites B e C, sendo 210 do tipo C. Neste período, houve também 15 fatalities. No total de 2024, o estado registrou 807 casos e 35 mortes, com a hepatite C correspondendo a mais de 53% dos registros.

No HDT, 35 casos foram registrados em 2025, e 78 em 2024, com a hepatite C se destacando como a mais prevalente. Este hospital é uma referência estadual para o diagnóstico e o tratamento dos casos da doença, sendo administrado pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG).

Hepatites Virais  

A infectologista do HDT, Renata de Souza, esclarece que os vírus A, B, C, D e E são os responsáveis pelas hepatites, com diferentes modos de transmissão.

As hepatites A e E são, em sua maioria, transmitidas através de água e alimentos contaminados, enquanto os tipos B, C e D são adquiridos por meio do contato com sangue infectado, objetos cortantes, relações sexuais desprotegidas e de mãe para filho no momento do parto.

Sintomas  

Os sintomas, quando aparecem, podem incluir febre, desconforto, dor abdominal, náuseas, vômitos, icterícia, urina escura e fezes pálidas. O diagnóstico é realizado com exames de sangue, PCR e análise da função hepática.

Uma boa notícia é que as hepatites A e B podem ser prevenidas através de vacinas disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, práticas como o uso de preservativos, evitar o compartilhamento de objetos pessoais e assegurar a higienização adequada dos alimentos são cruciais para prevenir a transmissão.

Atualmente, não há um grupo de risco específico, mas sim comportamentos de risco, o que torna fundamental aumentar os cuidados.

A doutora Renata de Souza ressalta os avanços no tratamento da hepatite C, que agora dispõe de medicamentos orais altamente eficazes com poucos efeitos colaterais, proporcionando cura em mais de 96% dos casos.

O HDT enfatiza que a melhor abordagem para combater as hepatites é através da disseminação de informações, prevenção e diagnóstico precoce, que estão disponíveis nas unidades de saúde, especialmente durante o Julho Amarelo.

pessoas comentaram

Postagem Anterior Próxima Postagem