Até o momento, não houve confirmação de intoxicação no DF. Na última terça-feira (7), equipes do Procon-DF realizaram a fiscalização de 16 distribuidoras de bebidas, autuando 15 delas.

O GDF, diante da ausência de registros confirmados de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas no Distrito Federal, tem intensificado as atividades de fiscalização, especialmente em restaurantes e distribuidoras. Esta força-tarefa conta com a colaboração de diversas equipes, incluindo a Vigilância Sanitária, a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF), a Secretaria de Economia (Seec), além da Polícia Civil e da Polícia Militar, trabalhando juntas para garantir a segurança dos consumidores e a conformidade dos produtos comercializados.

Resultados das fiscalizações
O Procon-DF intensificou seus esforços de inspeção. Na terça-feira (7), suas equipes fiscalizaram 16 distribuidoras de bebidas, resultando na autuação de 15 delas. Embora não tenham sido encontradas bebidas falsificadas, foram apreendidos produtos que estavam vencidos, sem procedência ou sem o registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) também intensificou as operações da Operação Metanol, que teve início no sábado (4), e realizou inspeções em 102 estabelecimentos, gerando 15 notificações, 7 infrações e 5 interdições. Adicionalmente, a Vigilância Sanitária conduziu 271 fiscalizações em várias regiões administrativas, levando à autuação de 61 estabelecimentos por desrespeito às normas sanitárias, no período entre janeiro e 6 de outubro.

Por sua vez, a Secretaria de Economia reforçou a fiscalização tributária em rodovias e outros pontos estratégicos do DF. Essas atividades resultaram na apreensão de R$1,69 milhão em mercadorias com notas fiscais irregulares ou falsas, além da geração de R$807 mil em créditos tributários relacionados a multas e impostos.

As práticas habituais foram intensificadas após a identificação de dois casos suspeitos de envenenamento. Os pacientes receberam atendimento, realizaram testes toxicológicos e ambos foram considerados negativos.

No caso de haver produtos irregulares ou suspeitos de falsificação, o Procon recomenda que os consumidores façam denúncias de estabelecimentos que vendam tais produtos através do telefone 151, do e-mail 151@procon.df.gov.br ou por meio do formulário eletrônico disponível no site da instituição. Confira os sinais de alerta:

→ Um preço muito inferior ao de mercado pode ser um indício de irregularidade
→ Tampas deformadas, desajustadas ou não alinhadas, assim como garrafas sujas ou arranhadas, sugerem reutilização
→ Rótulos e contrarrótulos devem apresentar marcas, relevos e padrões; desconfie de erros de ortografia ou impressão de baixa qualidade
→ A cor e a quantidade do líquido devem ser constantes, limpas e livres de partículas estranhas
→ A falta de identificação do fabricante e a presença de rótulos simplificados são fortes indícios de ilegalidade

Se houver suspeita de envenenamento, a recomendação é contatar o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), disponível 24 horas por dia pelo telefone 0800 644 6774. Os períodos críticos após o consumo de metanol ocorrem entre 6 e 24 horas.

Nas primeiras 6 horas, os sinais mais comuns incluem náuseas, tontura, dor abdominal e cefaleia. Entre 6 e 24 horas, podem aparecer manifestações mais graves e específicas, como visão turva ou embaçada, sensibilidade à luz (fotofobia), confusão mental e até a possibilidade de cegueira irreversível.

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