Alterações comportamentais e a perda de autonomia demandam atenção e identificação antecipada

Longe de serem apenas lapsos de memória relacionados ao envelhecimento, o Alzheimer é uma enfermidade que progressivamente reduz a independência do indivíduo, alterando a rotina de pacientes e familiares. Esta condição é a principal causa de demência globalmente.

Comemorado no dia 21 de setembro, o Dia Mundial da Doença de Alzheimer visa aumentar a conscientização e fortalecer a campanha mundial Setembro Roxo – em 2025, o tema “Pergunte sobre Demência e Alzheimer” pretende promover discussões, combater preconceitos e incentivar a população a buscar dados confiáveis e diagnósticos precoces.

Um levantamento do Ministério da Saúde revela que aproximadamente 8,5% da população acima de 60 anos vive com a doença, o que representa em torno de 1,8 milhão de casos. Até 2050, as previsões indicam que 5,7 milhões de pessoas no país serão diagnosticadas com Alzheimer.

No Hospital de Base (HBDF), os atendimentos acontecem no ambulatório de Neurologia Cognitiva, que funciona nas tardes de segunda e terça-feira, além das manhãs de quarta-feira.

O Alzheimer não se limita à perda de memória. Conforme a evolução da enfermidade, ocorrem também mudanças no comportamento, dificuldades em realizar tarefas simples e variações emocionais. Os sintomas mais frequentes incluem: lapsos de memória que afetam a vida cotidiana; dificuldades em planejar ou solucionar problemas; confusões com palavras e diminuição do vocabulário; alterações no humor e na personalidade; desorientação temporal e espacial; e dificuldade para reconhecer familiares em estágios mais avançados.

Diagnóstico, tratamento e prevenção
O diagnóstico do Alzheimer exige entrevistas clínicas, testes cognitivos e exames de imagem, que ajudam a distinguir a doença de outras condições. Embora não haja cura até o momento, o tratamento pode atrasar a progressão e melhorar a qualidade de vida. Esse tratamento é uma combinação de medicamentos, terapias de reabilitação e acompanhamento com profissionais diversos, incluindo neurologistas, psiquiatras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e nutricionistas.

Conforme o neurologista, manter hábitos saudáveis ao longo da vida, fazer exercícios físicos regularmente, e seguir uma dieta equilibrada e rica em nutrientes são maneiras eficazes de prevenir ou retardar o desenvolvimento da doença. Além disso, praticar atividades que estimulem a memória, como a leitura, também contribui no combate ao Alzheimer.

*Informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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